Justiça intima Curió a depor e entregar documentos da guerrilha do Araguaia
Tenente-coronel teria documentos que confirmam mortes na década de 70.
Curió liderou repressão à guerrilha que combatia o regime militar.
Diego Abreu Do G1, em Brasília
A 1ª Vara da Justiça Federal de Brasília decidiu na última sexta-feira (7) intimar o tenente-coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, mais conhecido como major Curió, a prestar depoimento e apresentar à Justiça no prazo de 60 dias todos os documentos relativos à guerrilha do Araguaia que estiverem em seu poder.
Curió liderou a repressão à guerrilha do Araguaia, entre os anos de 1972 e 1975, quando militantes de esquerda se insurgiram contra o regime militar. Ele e outros militares serão ouvidos pela Justiça.
A decisão da Justiça Federal atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que solicitou a intimação do major Curió para que ele preste depoimentosobre possíveis arquivos de seu acervo pessoal que possam ajudar na busca de restos mortais de integrantes do movimento guerrilheiro adeptos da luta armada contra o governo milit ar.
A 1ª Vara Federal também negou pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) que solicitava a suspensão dos trabalhos de localização, recolhimento e identificação dos corpos dos guerrilheiros mortos.
“Neste momento, todas as áreas do governo estão empenhadas em cumprir a decisão judicial e fazer o resgate de informações que possam levar à descoberta das ossadas dos guerrilheiros mortos, conforme pedido das famílias das vítimas”, afirmou a advogada da União Ana Luisa Figueiredo de Carvalho.
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